A cidade de Belo Horizonte, fundada no final do século XIX, foi planejada pelo Eng. Aarão Reis, a partir de uma malha urbana ortogonal cortada por vias mais amplas em diagonal. A principal dessas vias com 50m de largura é a Av. Afonso Pena, apontando para os contrafortes da Serra do Curral Del Rey.

 

      Para o novo Centro Administrativo, percebemos a importância deste verdadeiro "Cartão Postal" para a identidade e memória coletiva da população local. Decidimos então, não só preservar esta visada monumental do eixo da capital, tendo ao fundo a grandiosa Serra do Curral, mas valorizá-la ainda mais com a disposição de vazios estratégicos em planta e em volumetria.

 

      Por questões econômicas, de logística construtiva e de escala desejada, articulamos o programa proposto em três volumes interligados por "andares-ponte" e terraços-jardins. Sendo que, duas torres contém principalmente as secretarias municipais e um anexo interligado abrigando o centro de convenções. A torre maior, o elemento central da composição, com cerca de 50 pavimentos, ergue-se imponente como um Toten, porém "às margens" deste grande eixo monumental da Av. Afonso Pena, preservando a conexão visual imediata da cidade com a rodoviária.